8 de janeiro de 2011

"Como Zaqueu" e evangelismo

por Ludmilla T.



Eu sempre odiei essa música "Como Zaqueu" (como é o título dela mesmo?).





Infelizmente eu tenho o péssimo hábito, comum a pessoas que se acham coolcult (sim, essa sou eu, às vezes), que é o de detestar tudo que vira muito famoso, do povão. Quando a música começou a ser cantada no Faustão e similares, aí acabou, credo, coisa mais brega.

Bom, aí ontem a noite aconteceu de eu estar na igreja, por ocasião de uma reunião de oração. Gosto de pegar gente com a qual não tenho tanta intimidade pra orar, pra trocar as figurinhas. Daí acabei com uma jovem senhora, gente muito boa, com dois filhinhos lindos. Na minha oração eu pedi pra Deus nos usar pra alcançar as outras pessoas, de como é importante a gente cuidar um dos outros, o amor e tal... e não é que (pra surpresa minha), fui atendida rapidinho? Digamos que Deus me pegou 'no pulo'. 

Essa jovem senhora, por um acaso, ia no dia seguinte sair pra fazer evangelismo nas casas do bairro dela, e daí acabou me chamando pra ir com ela também. Logo eu, que morro de medo (ou é preguiça mesmo?) de fazer esse tipo de coisa. Engoli em seco, e aceitei o desafio. 

Lá estava eu, às 9h30 da manhã, indo evangelizar. Levei meu violãozinho também, agarrado ao peito como um verdadeiro escudo, apesar de só tocar os principais acordes, de "orelha".

Fomos principalmente nas casas mais simples, onde as pessoas costumam deixar a porta aberta e ficar conversando do lado de fora (adoro esse aspecto do interior). Daí a gente sentava, conversava um pouco, orava, se a pessoa assim quisesse, e cantava alguns 'louvores', também. Vi de tudo, desde o senhorzinho que reclamava de ser viciado no 'pito do capeta', o cigarro, até gente que não batia muito bem da cabeça. 

Em uma dessas casas, pediram: - Canta 'Entra na minha casa'!

E lá fui eu, puxei um ré maior, e fui dançando na tônica e subdominante, com direito até a um Am7 e um Bm7 de vez em quando. E todos cantaram a música, muito felizes. As senhoras da casa cantaram com bastante emoção, sentindo mesmo a música, e orando através de suas palavras. Fiquei abalada, rs.

Enfim, vi que esse preconceito é bobagem minha... posso até continuar não gostando dessa música, mas, ela também pode ser um meio de chegar no coração das pessoas. Chegou o dia em que até uma musicista formada (grande coisa) teve que tirar o chapéu pra "Como Zaqueu".

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