10 de maio de 2011

C. S. Lewis: possível ou impossível?

Da coletânea “Um ano com C. S. Lewis”
Retirado do livro “Cristianismo puro e simples”

C. S. Lewis: possível ou impossível?


Muitas pessoas desanimam diante de todas as tentativas sérias de experimentar a castidade cristã, porque acham (antes mesmo de tentar) que ela é impossível. Porém, quando algo deve ser realizado, ninguém jamais deve pensar em termos de possibilidades e impossibilidades. Diante de uma questão opcional formulada em uma prova, costumamos levar em conta se estamos em condições de realizá-la ou não: diante de uma questão compulsória, temos de fazer o melhor que pudermos. Você poderá obter alguns pontos por uma questão imperfeita: certamente não ganhará nada se deixar a questão em branco. Isso não vale apenas para exames, mas também para a guerra, para a escalada de montanhas, para as lições de skate, de natação ou de bicicleta; e até na hora de prender um colar apertado com os dedos gelados, as pessoas geralmente fazem coisas que lhes pareciam quase impossíveis antes de tentar. É maravilhoso ver o que você é capaz de fazer quando é obrigado a fazê-lo.

Podemos, de fato, ter certeza de que a castidade perfeita – da mesma forma que a caridade perfeita – jamais será alcançada por um simples esforço humano. Você tem de pedir ajuda de Deus. Mesmo ao fazê-lo, pode parecer que não houve ajuda nenhuma ou que você recebeu menos ajuda do que estava precisando. Não importa. Peça perdão depois de cada falha, levante-se e tente de novo. Muito frequentemente, o que Deus nos ajuda a conquistar primeiro não é a virtude em si, mas somente a capacidade de sempre tentar de novo. Pois, não importa quão importante possa ser a castidade (ou a coragem, ou a veracidade, ou qualquer outra virtude), esse processo nos ajuda a treinar os hábitos da alma, que são os mais importantes. Ele cura as nossas ilusões sobre nós mesmos e nos ensina a depender de Deus. Por outro lado, aprendemos que não podemos confiar em nós mesmos nem em nossos melhores momentos, e que também não precisamos nos desesperar, mesmo na pior das situações, já que as nossas falhas estão perdoadas. A única atitude fatal seria sentar-se comodamente, contentando-se com qualquer coisa menos que a perfeição.

Continua em C. S. Lewis: sexo reprimido

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